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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Onde não tem caminho

"Deus abre caminho, onde não tem caminho!"

Essa frase é parte de uma música que eu ouvi muito estes últimos dias e que tem falado demais ao meu coração. A música é em Crioulo, por isso não me arriscarei escrever, mas prometo que assim que eu conseguir a letra a escreverei aqui!

Tive o privilégio de visitar um village (vilarejo, povoado) próximo ao Lago Rosa- Senegal. Foi uma grande experiência- em muitos aspectos! Espero conseguir transmiti-los um pouquinho de tudo o que eu vivi.

Comigo, a missionária Cristina (muitos conhecem nossa história) e a Juliesbertina. Juli é a responsável pelo trabalho neste village. É impactante ver a dedicação e o empenho dela em realizar esse trabalho. Toda a semana ela sai de Dakar (onde nos auxilia no trabalho com meninos em área de risco) e vai até esse vilarejo no Lago Rosa. Lá, ela abriu uma escola com as crianças (sua filha, Aida, a ajuda). São em torno de 30 crianças. Ela tem também trabalho com as mulheres e o sonho de muitos outros trabalhos.

Para se chegar lá, são precisos vários "jaganjai's", "carrapides" e "Kalandoos" (meios de transportes bem comuns aqui) e muitas horas em uma viagem quente e desconfortável. Depois de tudo, ainda é necessária uma boa caminhada na areia do deserto. Faço questão de falar a respeito disso. Deus precisa levantar mais "Juliesbertinas", que não se deixam levar pelo cansaço e desânimo, mas que rumam ao alvo proposto a elas.
De fato, não "há caminhos" que a levem até lá, mas ainda assim, Deus a tem conduzido!

Ao chegar, é preciso avisar ao "chef" do village. Que- pela graça de Deus- nos recebeu com alegria. Foi ele que, há um tempo atrás, permitiu que fosse realizado o trabalho lá.

Conforme vamos nos aproximando, as crianças começam a "surgir" (é incrível a grande quantidade que chega em "um piscar de olhos"). E, é inevitável o tempo de descontração e brincadeiras com elas. São todas lindas e extremamente carentes. Quando viram que uma "tubab" (que é como são chamados os estrangeiros brancos) estava no village, vieram todas correndo para me cumprimentar e dar as boas-vindas.E que boas!

Depois de muito brincar, contar historinhas, dançar, tirar fotos (elas não paravam de pedir), comer (levamos lanchinho para elas), dançar denovo (eles amam) e tirar mais fotos, fomos até uma montanha- de onde é possível enxergar o village quase que por completo.
Lá eu orei muito por eles. A situação me fez lembrar a música: "De todas as tribos, povos e raças, muitos virão Te louvar. De tantas culturas, línguas e nações, No tempo e no espaço, virão Te adorar. Bendito seja sempre o cordeiro, filho de Deus, raiz de Davi. Bendito seja o Teu santo nome, Cristo Jesus presente aqui." A presença de Deus ali era perceptível naquele momento.
Lembrem-se deles em suas orações também!

Depois de tudo- e já chegada a noite- o culto!

Me senti como em um daqueles livros missiológicos. Em pleno deserto, a luz somente das estrelas (e de um celular, que foi o que permitiu a leitura bíblica, porque tinham acabado as velas), esteira no chão e todos com alegria chegando para ouvirem a cerca do nosso Pai (e isso tbm me faz lembrar a alegria de conhecer mais irmãos, partes da nossa família em Cristo).
O culto não tinha hora para terminar. As crianças que foram pegando no sono eram deitadas por sobre as nossas pernas. Todos muito atentos. Todos mui sedentos.

Quando tudo terminou, arrumamos nosso mosquiteiro por sobre aquela mesma esteira e dormimos. No outro dia, antes de amanhecer já estávamos saindo (e é claro que não mais como chegamos!).


2 comentários:

  1. Sabri amei as fotos. Poxa deve estar sendo uma experiencia maravilhosa pra voce. Voce já esta se misturando com as senegalesas kkkkkkkkkkkkkkk. Ei e tá muito moderno com ocrus escuros nas Africa. Continue firme amiga. Beijo, do longínquo planeta India.

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  2. Bina, to amando o blog, parabéns, eh mt bom de ler e dá pra ter uma boa visao de td seu trabalho!Qdo der, coloque algo sobre seu trabalho na churrascaria com os meninos tbm! bjs, estou "orgulhosa" de vc!

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