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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Entre os espinhos

A demora pra voltar a escrever foi semi-proposital. Na verdade, eu queria desistir do blog, mas assim como Clarisse Linspector, eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém, provavelmente a minha própria vida”. E essa é mais uma operação “salva-(minha)vidas”.
Em uma fase de tantas decisões, tenho orado incansavelmente por uma orientação. Confesso que, ao esperar por alguma resposta, fiquei extremamente aflita, não ouvindo aquilo que o Pai me dizia. O suposto silêncio estava me deixando ainda mais preocupada, até que, meditando na parábola do semeador, me dei conta de que um dos “solos inférteis”- mais precisamente os espinhos- representa exatamente as preocupações.
“Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este é aquele que ouve a palavra, mas a preocupação desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera.” Mt 13.22
A partir deste momento, o silêncio foi quebrado e eu pude ouvir a voz do Senhor: “Minha filha, eu tenho te ouvido, respondido e orientado. Porém, suas preocupações têm abafado a minha voz, impedindo que a Minha Palavra gere vida em você”.
Não tive outra reação a não ser me lançar aos pés de Jesus, quebrantar e orar para que cada um dos espinhos (que eu mesma cultivei) possam ser arrancados. Que o meu coração seja um terreno fértil. Que eu veja os lírios, os pássaros...que eu ouça a voz do Pai!